Acho que tenho sorte por já ter ido a Paris várias vezes. A minha avó paterna vive em Paris há cerca de 30 anos. Para mim nunca foi a cidade do amor, mas talvez um ponto de encontro – como se fosse uma gigante de uma estação de comboios – que é de salientar como a rede pública de transportes é exemplar.
Penso que antes de se visitar Paris, o conselho que dou é:
esqueçam todas as imagens românticas, tentem ir sem grandes
expectativas, pesquisem sobre assuntos atuais ou espetáculos que estejam a
decorrer. Não quero com isto dizer que se temos expectativas demasiado altas de
Paris ela não as cumpre – muito pelo contrário, acho que surpreende sempre,
pelo menos em alguma coisa: na sua grandiosidade, os museus,
as pessoas, a comida ou mesmo o comércio que envolve toda a cidade.
Os meus momentos favoritos para visitar esta cidade são o
Natal e o Verão. Este ano infelizmente não tivemos muita sorte, pois o verão
tardio europeu de 2013 ainda não tinha chegado em Maio. No Natal torna-se neste centro comercial frenético, muitas luzes, decorações - enfim, não digo que é o conceito de natal perfeito, mas é engraçado visitar pelo menos uma vez! No Verão, cheira a flores, os bonitos pombos franceses ainda andam sempre apaixonados, muitos gelados e esplanadas convidativas. Perfeitas condições climatéricas para visitar toda a cidade sempre caminhando.
É literalmente a cidade que nunca para, como Londres.
Mas Paris não é para moles - pelo menos comparando com outras cidades europeias. É uma cidade feita de gente com pressa, dura, “minding
their own business”. E se quem pensa que “Ah, será como Madrid ou Barcelona ou
Roma”. Penso que aqui é muito mais.
Os franceses tratam-se bem em termos alimentares. Desde o pão até às bolachinhas, manteigas, queijos, vinhos, sumos naturais, pastas entre outros, é de fazer inveja aos países da Europa Central. E o mais absurdo para mim foi ouvi-los dizer que não compravam esses produtos do Carrefour ou de outros supermercados (que tinham um aspecto delicioso) - pois dizem que há muito melhor! Que há produtores locais que fazem os melhores queijos, Chateaux privados e fantásticos que fazem os melhores e vinhos - até a carne! Porque para ser em França é necessário ter um título e uma certificação. O verdadeiro carniceiro produz as próprias salsichas e fiambre. Enfim aqui tudo é extremamente delicioso. E a cereja em cima do bolo: Em França, como em alguns países europeus, O cliente têm SEMPRE razão. Se o steak não está bem passado, vai para trás sem qualquer problema - eu sei que isto pode parecer normal em Portugal ou Espanha, mas mais uma vez, não é assim, só se for um restaurante extremamente bom! Em Paris, senti isso em todo o lado onde fui, e sem dúvida que muitos deles não eram lugares que cobravam preços exorbitantes.
Falando da cidade em si, o meu local favorito é o Quartier Latin e Saint Germain. Sem
dúvida que aqui é tudo muito francês. Os prédios, o rio que às duas por três
está do nosso lado, Notre Dame, as Universidades, o
Pantheon, muitas árvores, tocadores de acordeão, os jardins que se encontram quase em todo o lado, entre muitas outras coisas.
Foi por aqui que revisitei a cidade, e se tivesse que escolher um lugar para
viver em Paris, com certeza seria neste bairro! Há muitos restaurantes amigáveis para turistas
e com menus a bons preços no Quartier Latin – sem dúvida ajudam a continuar a
jornada e por um preço bastante bom!
Depois para a digestão, vale a pena fazer um passeio até à Boulevard Saint Germain. Encontramos uma loja enorme de discos antigos aí. Podíamos passar todo o dia aí de tão grande que era.
Depois vem o clássico: L'Etoile (arco do triunfo), Champs
Elysees, Jardin des tuileries, Mini et Grand Palais, A Ponte Alexandre III, e se ainda
houver espaço para uma caminhada: a Torre Eiffel. Sou suspeita, pois nunca subi nem nunca tive curiosidade de
subir à Torre Eiffel. Mas sem dúvida que não digo não à vista que se tem
através do Trocadéro. Há algo de especial – mesmo apesar de ser tão cliché. Um Must Visit de Paris - não menosprezem o Trocadéro.
Depois quando olhamos para o mapa, notamos que ainda há
muitas coisas para ver. Mas ficamos pelo que o tempo permite. Quando se visita a Opera, é só
andar um pouquinho mais e logo se está nas Galerias Lafayette – muito cuidado
para quem adora compras. É muito fácil perder a cabeça nesta rua de comércio charmosa –
Fico sempre com a impressão que é infinito. Mas sem dúvida que a minha preferida nestas galerias não é de roupa. Adoro a Ladurée ,
a loja de macarons parisiense.
Vemos que ainda temos Blanche e Monmartre, como bairros de Paris para visitar. Em Blanche pode-se ver o Moulin Rouge – coisa que eu aconselho fazer à noite ou ao final da tarde, muito mais charme ver o Moulin rouge à noite. Mas mais uma vez, por favor não ir com a expectativa de que vão encontrar o Ewan Mcgregor a cantar apaixonadamente. Depois Vale a pena passar uma manhã em Monmartre, visitar o o Sacré Coeur, os pintores locais, e descer a rua Le Pic.
Vemos que ainda temos Blanche e Monmartre, como bairros de Paris para visitar. Em Blanche pode-se ver o Moulin Rouge – coisa que eu aconselho fazer à noite ou ao final da tarde, muito mais charme ver o Moulin rouge à noite. Mas mais uma vez, por favor não ir com a expectativa de que vão encontrar o Ewan Mcgregor a cantar apaixonadamente. Depois Vale a pena passar uma manhã em Monmartre, visitar o o Sacré Coeur, os pintores locais, e descer a rua Le Pic.
Ainda temos o Père Lachaise para quem faz muita questão de
ver a sepultura do Jim Morrison. E depois de 5 dias ainda não tínhamos visitado o Louvre. Antes de visitar o Louvre e o Père Lachaise é importante confirmar os dias em que estão fechados. Também é muito melhor visitar o Louvre mal se tiver oportunidade e não deixar para o final. Conheci uma família de brasileiros que perdeu a visita do Louvre porque a deixaram para o último dia - e o pobre do Louvre estava fechado.
Para o Louvre, o que se lê de que é necessário um dia
inteiro, é 100% verdade. É necessário na verdade muito mais que um dia. Muito importante
ir com calçado adequado e já de antemão marcar as obras que mais se quer ver. Depois pegar num mapa na entrada e marcar onde se pode encontrar cada uma delas. E já agora, a Giaconda é mesmo muito pequena, e acho que fica reduzida por estar no museu onde está, pois há tantas coisas incríveis, como bases de piramides dentro do museu, A Estátua de Vitória de Samotrácia, A Vénus de Milo, entre outros . Á saída do Louvre, para quem ainda tem folego, vale a pena descer o jardim do palácio real até Concorde.
Por fim, e o que eu teria mudado na minha viagem seriam simplesmente os transportes públicos. Sim são incríveis as ligações que proporcionam. Mas dependendo onde se está alojado, pode demorar 30 minutos a chegar a Saint Lazare (uma das linhas principais). 30 minutos para ir e voltar para casa/hotel, é cansativo passado 6 dias. E quando se visita Paris só com 3, é demasiado tempo perdido! Mas bom, de resto foi perfeito. Paris é grande, e têm muitíssimas coisas para ver, então apenas um fim-de-semana é muito pouco. O ideal é serem 5 dias completos - e mesmo assim ainda se vai correr para conseguir ver tudo. Nós não conseguimos ir a Versalhes desta vez, e lá perde-se um dia inteiro. É necessário apanhar o comboio. Vale muito a pena - é um palácio belíssimo, foi a residência de Marie Antoinette. Não conseguimos também ir ao Musée D'Orsay, o Palais du Toquio entre muitos outros, ficarão para uma outra visita.
Vou continuar a ler o teu blog! Espero que não te esqueças de escrever de vez em quando e partilhar as viagens que te esperam nos proximos anos.
ResponderEliminarSorte! <3